O lugar mais distante de mim mesma

30 nov 2012
Hoje faz 1 mês que perdi minha mãe.
Confesso que, por mais que pareça lugar comum, é uma sensação de vazio que não dá para descrever, é um vai e vem de emoções, de recordações, de ações práticas que somos obrigadas a tomar (e que jamais havia tomado na vida) e que quando deito a cabeça no travesseiro juro, é difícil dormir!
Nada é mais verdadeiro do que a frase  – Mãe é Mãe!
E sendo mãe, repensar a vida e seu sentido, suas relações com as menores coisas do cotidiano, o que valorizar, o que considerar, o que consumir tempo, o que investir dinheiro, o que se aborrecer.
A idade passa.
A saúde não é mais a mesma.
O corpo não reage como gostaríamos.
A memória não é mais tão brilhante.
A competência, o que é mesmo isso?
Qual a meritocracia nas escolhas para as doenças e superações de dores e sofrimento?
A elegância não vale grandes coisas em determinados cenários hospitalares e fúnebres, as máscaras caem.
E competição? Pelo soro?  Pela fralda? Pela quimio?
Quais as reais capacidades que precisamos desenvolver nessa vida?
Que habilidades precisamos ter?
Cada dia acredito mais que as nossas maiores competências na vida, e valem para tudo nessa vida (no pessoal e no profissional) são:
-RESILIÊNCIA:
viver todos os momento de forma intensa, ir no fundo do poço e renascer das cinzas, como fênix
vergar intensamente e voltar ao seu estado inicial, reforçado
não resistir ao vento, mas se dobrar a ele, na certeza de que não se quebrará
-SUPERAÇÃO:
capacidade de passar por dores e sofrimentos com garra, determinação, força, honra, de cabeça erguida, sem desespero, sabendo que em todos os momentos quem é forte vencerá
-FÉ:
crença maior de que nada acontece por acaso,  de que Lá em Cima há um Ser de muita LUZ olhando por nós e que somos protegidos e preparados para todas as situações e acolhidos por muita proteção da família, dos amigos queridos e de seres iluminados.
-ATITUTE POSITIVA:

a soma das habilidades acima que nos faz seguir em frente acreditando que se cheguei aonde cheguei foi porque tive uma mãe guerreira e muito forte e que me formou a mulher, mãe e profissional que sou!

Escolhi a mensagem abaixo, dentre muitas mensagens que recebi dos amigos, para descrever o que foram esses meus últimos 30 dias.
Obrigada Letícia Loureiro pelo carinho, força, presença constante nesses momentos tão difíceis!

Ainda vamos viver momentos de muita alegria, do vôo muito elevado da fênix que sou!

Obrigada a cada um dos meus amigos e amigas que me visitaram, me enviaram mensagens, sms, telegramas, cartões, me ligaram.
Obrigada amigas e amigos virtuais que comentaram no blog, face e twitter.

Obrigada família amorosa que muito está me apoiando.

E vamos seguir a vida com amigos, flores e alegria.

De férias!!!