Histórias de Projeção – Dudalina

20 abr 2012

Há anos tenho grande curiosidade em estudar casos de sucesso de empresas familiares.
E acho extraordinários os relatos de pessoas que conseguem transformar crises em oportunidades.
Há alguns produtos que uso por admiração à marca, e as camisas femininas Dudalina são um bom exemplo de um produto de categoria, elegância, estilo e de uma marca que remete acima de tudo à garra, criatividade e força de uma família!
Uma empresa que traz em sua marca o AMOR à CAMISA e às PESSOAS!
Que traz em sua ideologia emoção, magia e envolvimento do seu público!
Que traz a paixão em seus valores, que fala de sentimentos de fazer melhor e com prazer!
E que permeia como um valor intrínseco a qualidade percebida pelos clientes dos seus produtos, dos seus serviços e da imagem da empresa, e consciência de que sem esse resultado não há perenidade dos negócios!

sandra

Eu e minha Dudalina

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Ressalto que essa postagem é expontânea, que não há aqui qualquer apelo de marketing ou patrocínio e sim um depoimento de um caso de estudo que fiz, e me propus a compartilhar.

Extrai do site da camisaria Dudalina(www.dudalina.com.br), o relato do case de Sucesso em empreendimento familiar, que foi apresentado no HSM Family Business 2012 em 17 e 18/04/2012, que transcrevo na íntegra.
Parabenizo Sonia e sua família por esse empreendimento de sucesso!

12/04/2012

16 irmãos-sócios e uma líder

Em 1957, um erro no pequeno “secos e molhados” da cidade de Luis Alves, no interior de Santa Catarina, tornou-se uma oportunidade: o estoque de tecidos estava alto demais, pois Seu Duda havia se empolgado na rua 25 de março, em São Paulo. Para dar vazão à mercadoria, Dona Adelina resolveu transformá-la em camisas. Assim ela fundou a Dudalina, a maior camisaria da América Latina, que, em 2011, faturou R$ 274 milhões.

Sônia Hess de Souza, filha do casal Duda e Adelina, é presidente da empresa. Ao Fórum HSM Family Business 2012, evento que será realizado em São Paulo nos dias 17 e 18 de abril, ela levará um pouco da história de sua família e os desdobramentos da morte da fundadora em 2008, que trouxe o desafio da complexa convivência entre 16 sócios, já que o Seu Duda havia falecido em 1996. Sim, Sônia tem 15 irmãos.

No final dos anos 1950 e na década seguinte, as vendas da Dudalina eram feitas a bordo de um caminhão que circulava pelo Vale do Itajaí e o Norte catarinense, muitas vezes com Sônia a bordo, ao lado da mãe. Hoje, a produção de 3,5 milhões de peças por ano é realizada em cinco fábricas (três em Santa Catarina e uma no Paraná) e destinada a abastecer grandes grifes, lojas próprias e franqueadas e lojas multimarcas do Brasil, dos Estados Unidos e da Inglaterra. A marca é responsável por 70% da exportação nacional de camisas.

A empresa conta com mais de 1,7 mil funcionários diretos, dos quais a grande maioria é composta por mulheres. No País, mais de 3 mil pontos-de-venda comercializam as marcas da Dudalina, que são a Dudalina, a Individual e a Base. As lojas exclusivas, 30 próprias e 30 franqueadas, são denominadas Dudalina 595, Dudalina Feminina e Dudalina Double. Seu público é composto pelas classes A e B.

A Dudalina 595 é a loja-conceito, que marcou o ingressou da marca no varejo nacional, em novembro de 2010. É localizada em São Paulo, no bairro do Paraíso. A Dudalina feminina surgiu com a iniciativa de Sônia de produzir e vender camisas para mulheres, também em 2010. A Dudalina Double, por sua vez, originou-se de uma necessidade do próprio público: os homens começaram a entrar na loja feminina em busca de camisas masculinas. O conceito Double, então, vende para ambos os sexos.

Durante 2011, a companhia investiu cerca de R$ 10 milhões para estabelecer sua entrada no varejo, empregando recursos em processos produtivos, treinamentos e publicidade. Até o final de 2012, a meta é chegar a 75 lojas exclusivas em território nacional e investir em internacionalização.

Segundo Rui Hess de Souza, diretor de varejo e novos negócios, que falou ao DCI, a capacidade fabril da Dudalina deve aumentar com o aumento da demanda pelas lojas da rede e com a expansão no mercado externo. Ele descarta a possibilidade de adquirir peças de outros fabricantes, dada a exclusividade das camisas da marca e o fato de serem algumas peças produzidas artesanalmente, com fios de alta qualidade.

Ela ama vender

Em depoimento dado à Exame.com, Sônia recorda que, nas férias de 1964, a mãe decidiu abrir duas lojas em Balneário Camboriú. A mãe e as cinco filhas tomavam conta de um dos estabelecimentos, e o pai ficava com os meninos no outro. “A unidade das meninas sempre vendeu o dobro da dos meninos. Eu era a melhor vendedora”, disse a empresária.

O irmão Armando Hess de Souza, antecessor de Sônia na presidência, confirma: “O cliente que caía nas mãos de Sônia entrava para comprar uma esteirinha de praia e saía com enxoval para a casa toda”, recordou, em matéria da revista Empreendedor.

Na venda, Sônia é do tipo que não volta para casa com um “não”. “Sem dúvida, a experiência como vendedora contribui muito para minha função. Vender é uma das coisas que mais gosto de fazer”, afirmou. Seu feito comprova: dois anos e meio depois de assumir a liderança da Dudalina, o faturamento aumentou em 50%.

Ainda que tenha herdado da mãe a capacidade de liderar e o tino empreendedor, Sônia, que preside a empresa a partir de seu escritório de São Paulo, não se acomodou. Foi à Espanha estudar processos têxteis e depois a Minas Gerais, onde atuou em confecções locais. Em 1984, quando a Dudalina tinha seu primeiro presidente herdeiro, Sônia voltou a se dedicar aos negócios da família. Dedicou-se às áreas comercial, industrial, de marketing e de desenvolvimento de produtos.

Em 2003, Sônia foi escolhida pelo conselho de administração da empresa, composto por familiares e profissionais externos, para presidir a companhia. Da família Hess de Souza, além de Sônia, apenas Rui atua nos negócios familiares, mas já houve um tempo em que eram sete irmãos na operação.

Fonte: http://www.hsm.com.br/artigos/16-irmaos-socios-e-uma-lider