Pegar as rédeas do tempo

09 dez 2016

redeas3

Nessa época do ano, são inúmeras as celebrações e reencontros com amigos queridos!

Nesse ano, talvez pela crise que tanto está nos abalando em diversos sentidos da vida, viver melhor e ter amigos por perto tem sido uma tônica para resgatarmos a essência da vida plena!

Tenho tido a felicidade de encontrar amigos de escola e celebrar 40 anos de formada no “ginásio” ou ensino médio, celebrar 36 anos de formada na faculdade, reunir amigos de empresas aonde vivi momentos marcantes na minha trajetória profissional e que não revia há mais de 15 anos!
E bate aquele medo… será que serei reconhecida?

Será que a imagem que esses amigos dos “velhos tempos” tem de mim, será quebrada por quem eu me tornei, tantos anos depois?

Cobranças pela eterna juventude, pelas inevitáveis memórias, por quem sonhávamos ter sido à época e de quem nos tornamos no momento atual!

Confesso que é um frisson!

Que procurar passar a melhor imagem é uma preocupação!

Que encolher a barriga, esconder as rugas, e encarar as reações de surpresa no momento de reencontro dá frio na barriga!

Às vezes precisamos de olhar “cara-crachá” para garantir que reconhecemos as pessoas,  voltar no tempo e só lembrar dos apelidos de adolescência sem conseguir ter o nome do amigo na mente, é uma constatação!

Mas gente….. como um passe de mágica, o tempo volta e nos sentimos conversando com aquela amiga com quem confidenciava sua conquistas de adolescente, com os amigos que escolhiam a carteira que você iria sentar para que eles colassem nas provas, e reviver cada bom momento, cada superação, cada festa, nos trás vida de novo!

Fiquei pensando nessas emoções e das pessoas que deixaram de viver esses encontros por desafetos daquela época que ainda permanecem, por depressão ou por não querer decepcionar por estarem velhos ou gordos demais….

Encontrei no Livro da Oprah Winfrey, O que eu quero de verdade, a seguinte avaliação sobre “envelhecer”:

“Você fica mal ao pensar que viveu mais um ano, que todos os seus desafios, preocupações, lutas, alegrias, cada respiração sua a cada dia conduziram até esse momento?

Você crê que ficar mais velho significa ficar mais feio?

Você tem medo de que à medida que envelhecesse, você fosse perder o seu valor?

É por isso que julgamos a nós mesmos e aos outros, tentando nos manter como éramos antes.

Se você é abençoado o suficiente para chegar a envelhecer, poderá aprender com a sabedoria de pessoas que estão celebrando esse processo com vitalidade, vigor e graça.

Sem dúvida, vivemos em uma cultura obcecada pela juventude, que nos diz constantemente que, se não somos jovens, radiantes e “gostosos”, somos irrelevantes.
Mas temos que recusar a engolir uma visão tão distorcida da realidade, um mal disseminado em nossa sociedade, querer ser algo que você não é.

O que eu sei de verdade é que só conseguimos alcançar a plenitude na vida abraçando quem somos.

Não é possível voltar a ser o que já se foi um dia.

A negação não é um caminho para uma vida plena.

Você não é a mesma pessoa que era há dez anos.

Se tiver sorte, tampouco é a mesma pessoa que era no ano passado.

O sentido de envelhecer é mudar.

Se permitirmos nossas experiências poderão nos ensinar continuamente sobre nós mesmos.

Isso é motivo de celebração.

Isso é motivo de honra, de reverência.

A plenitude reside em abraçar cada momento e tomar as rédeas do aqui e agora!

Precisamos ser gratos por cada idade que temos a benção de alcancar.