As Três Peneiras

03 maio 2013

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Um homem foi ao encontro de Sócrates, levando ao filósofo uma informação que julgava de seu interesse:

– Mestre, o senhor nem imagina o que me contaram a respeito de um amigo seu. Disseram que o … Nem chegou a completar a frase e Sócrates aparteou:

– Espere um pouco. Disse o mestre. – O que vai me contar já passou pelo crivo das Três Peneiras?

– Peneiras? Que Peneiras, mestre?

– Explico. Disse Sócrates. – A primeira é a peneira da VERDADE: Você tem certeza de que esse fato é absolutamente verdadeiro?

– Não. Não tenho, não. Como posso saber? O que sei foi o que me contaram. Mas eu acho que… E novamente é interrompido.

– Então sua história já vazou a primeira peneira. Vamos então para a segunda peneira que é a da BONDADE: O que você vai me contar, gostaria que os outros também dissessem a seu respeito?

– Claro que não! Deus me livre! Disse o homem, assustado.

– Então. Continua Sócrates – Sua história vazou também a segunda peneira. Vamos ver a terceira peneira, que é a da NECESSIDADE: Convém contar? É realmente importante a divulgação desta informação? Resolve alguma coisa? Ajuda a comunidade?

– Devo confessar que não. Disse o homem, envergonhado.

– Então, disse-lhe o sábio, se o que queres me contar
não é VERDADEIRO, nem BOM e nem NECESSÁRIO

… GUARDE APENAS PARA TI!

E ainda arrematou:

– Sempre que passar pelas três peneiras, conte!
Caso contrário, esqueça e enterre tudo.
Será uma fofoca a menos para envenenar o mundo e fomentar a discórdia.